Deputados alertam sobre prevenção ao suicídio e adoção de políticas públicas de atenção à saúde mental 16a20

Debate faz alusão à campanha Setembro Amarelo, dedicada à temática
(Foto: Ozeas Santos)

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Na sessão desta terça-feira (3), os deputados estaduais, presididos pelo deputado Chicão (MDB), exploraram em seus pronunciamentos ações relacionadas à campanha “Setembro Amarelo”, mês dedicado à prevenção do suicídio. A ação teve início no Brasil em 2015, com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento e discutir maneiras de prevenção. Além disso, a campanha visa a discussão em torno de políticas públicas que deem conta desses casos. 4g416m

Para os parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), trata-se de um problema de saúde pública que não pode ser visto como tabu. “Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio, mais do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios,” situou a gravidade da questão o deputado Carlos Bordalo (PT).

“O Setembro Amarelo nos convida a refletir sobre como podemos contribuir para uma sociedade mais solidária, onde o cuidado com a saúde mental seja uma prioridade,” disse a deputada Maria do Carmo (PT), vice-líder do governo na Casa.

Ela considera essencial promover o respeito e a empatia ao tratar desse assunto. “Piadas ou comentários desdenhosos sobre a saúde mental de alguém podem agravar ainda mais o quadro de uma pessoa vulnerável,” considerou. A parlamentar defendeu ainda a necessidade da prevenção dentro das escolas, com o apoio de psicólogos.

O deputado Fábio Freitas (PRTB) avalia que o suicídio é um mal que assola o Pará, o Brasil e o mundo. “Temos que considerar que o assunto é de extrema importância, seriedade e de muita sensibilidade. Para ele, temos que estabelecer programas para acolher essas pessoas que se encontram desamparadas e que, por falta de apoio, vão ao extremo atentando contra a própria vida,” disse.

Freitas lembrou de projeto de sua autoria, sancionado ano ado, determinando a afixação de placas nas escolas públicas e privadas do estado alertando para o tema da prevenção ao suicídio.

Suicídio preocupam a OMS 3a3v11

“Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida,” citou a vice-líder do governo.

Já o deputado Bordalo informou que a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% por ano no Brasil entre 2011 e 2022, enquanto as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos de idade evoluíram 29% ao ano no mesmo período. Os números apurados superam os registrados na população em geral, cuja taxa de suicídio apresentou crescimento médio de 3,7% ao ano e de autolesão de 21% ao ano, no período analisado.

“Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades,” avaliou o parlamentar petista. Carlos Bordalo citou ainda estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que já associaram o aumento do número de suicídios ao aumento das desigualdades sociais e da pobreza, e ao crescimento da prevalência de transtornos mentais, que causam um impacto direto nos serviços de saúde.

A Fiocruz é uma instituição vinculada ao Ministério da Saúde, portanto, ligada ao governo federal, e que atua na pesquisa e no desenvolvimento científico e tecnológico da saúde brasileira.

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A campanha Setembro Amarelo começou nos Estados Unidos, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo; por conta disso, ficou conhecido como “Mustang Mike”. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles, tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda”. A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio.

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