Juiz da Vara da Violência Doméstica orienta professores em Marabá 372j2o

Pelo Projeto “Judiciário na Escola”, magistrado fala abertamente sobre as diversas formas de violência que podem ser cometidas contra a mulher
Juiz Alexandre Arakaki: “as mulheres, no dia a dia, estão sendo assoladas por outros tipos de violência, como a patrimonial, a sexual, moral e emocional”

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Levar o diálogo sobre violência doméstica para dentro das escolas tem sido uma ação realizada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em parceria com as instituições de ensino. Nesta quinta-feira, 25, e na sexta, 26, a Escola Municipal José Mendonça Vergolino (Avenida Getúlio Vargas, Marabá Pioneira), recebe uma ação do projeto “Judiciário na Escola: unindo esforços no enfrentamento da violência contra a mulher”. 414f1p

Para Alexandre Arakaki, juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Marabá, é relevante falar sobre o assunto e levar conhecimento a respeito das diversas formas de violência que podem ser cometidas contra a mulher.

“É para falarmos um pouco sobre tipos de violência. Todo mundo sempre ouve falar da física, mas as mulheres, no dia a dia, estão sendo assoladas por outros tipos, como a patrimonial, a sexual, moral e emocional”. Ele frisa que é importante falar com os educadores para que eles transmitam o conhecimento aos alunos, para formar cidadãos que no futuro serão conscientes, respeitadores e dignos.

O evento está inserido na programação do “Judiciário na Escola: unindo esforços no enfrentamento da violência contra a mulher” (firmado através de um termo de cooperação técnica entre a Prefeitura e o Judiciário).

E para além disso, outro fator que colaborou para a realização do ciclo de diálogos foi o alto índice de violência contra a mulher no país, como afirma Fábio Rogério Rodrigues Gomes, diretor geral de ensino da Secretaria Municipal de Educação.

Ele reflete que as questões que estão sendo dialogadas ao longo dos dois dias de encontro peram pela escola e daí vem a necessidade de tratar sobre o assunto com os profissionais da educação. “Se há o objetivo de educar com foco no futuro, as crianças e adolescentes de hoje, são os adultos de amanhã e que potencialmente estarão em contextos relacionados à violência contra a mulher”, opina.

Naqueles casos em que os jovens levam para a escola relatos da violência, a instituição segue um protocolo pré determinado. “O estudante, ao trazer isso para a escola, el mobiliza os órgãos de controle, Ministério Público ou Conselho Tutelar, por exemplo”.

O diálogo é importante para mostrar para os servidores das escolas que é possível trabalhar gênero. “É só por meio da educação que a gente pode mudar essa realidade”, assevera Riane Freitas, pedagoga da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Pará (Cevid). Ela explica que a maneira de trabalhar o tema é diferente para cada faixa etária.

Com crianças até o sétimo ano, a abordagem é feita através de valores e não se fala abertamente de violência. Esse cenário muda a partir do oitavo ano, momento em que esse leque se abre e são trabalhadas as temáticas de relacionamento abusivo. “Eles já são adolescentes, que começam a namorar, e é muito naturalizado, por exemplo, que o ciúme é uma forma de amor e na verdade é uma forma de controle. Já está iniciando aí um relacionamento abusivo”, explica a pedagoga.

A capacitação fala ainda sobre as maneiras que os professores podem abordar o assunto em sala de aula, além de pontuar que o tema precisa ser levado para além dos docentes, mas também para os demais servidores da instituição de ensino. “Às vezes isso (falar sobre violência) não acontece dentro da sala de aula, mas no corredor, no intervalo”, conclui.

Kátia Américo Garcia, orientadora da escola José Mendonça Vergolino, reflete que na instituição existe uma preocupação em construir diálogos sobre o tema. “É na escola que a gente consegue identificar violência doméstica com os pais dos nossos alunos, com eles mesmos”. Ela ressalta que o local de ensino é um instrumento de apoio para os órgãos competentes, uma vez que é no ambiente escolar que alunos denunciam situações de violência que vivenciam em casa. “A escola é o imã que absorve todos esses assuntos e por isso a importância desse momento. Capacitar e informar esse profissional, para que possa lidar melhor com a temática”.

1 comentário em “Juiz da Vara da Violência Doméstica orienta professores em Marabá” 251f5v

  1. JOSE FERNANDES SARAIVA Responder

    Tudo exatamente tudo se finda no ambiente escolar com profissionais da educação já velhos cansados que mal se aguentam em pé e ainda a excelência os considera aptos para o acompanho das transformações domésticas. Esse é um erro grave e continuo que se perpétua no tempo aja vista a intuição escolar se portar como reduto de todas as crenças domésticas demandadas pelo seio familiar, só falta virá banco, pois de psicólogo, a segunda mãe ou pai esse profissionais se trajam no seu dia a dia, sempre com o pensamento elevado juram que podem apresentar um futuro melhor que aquele que o mesmo amarga no presente, sem fuga ou chance muitos adoecem e morrem antes de se aposentarem, alguns chegam a nominar escolas mas na grande maioria são esquecidos e logo substituídos por um contrato.

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