Marabá Jazz Festival: Música instrumental para todos 2n416f

Evento chega à segunda edição reforçando compromisso com a ibilidade

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Desde que o jazz surgiu nos Estados Unidos, do final do Século XIX e início do Século XX, o estilo caracterizado pela improvisação se expandiu até alcançar cada canto do mundo, incluindo o interior da Amazônia brasileira. Prestes a realizar a sua segunda edição, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, o Marabá Jazz Festival reforça o compromisso com a ibilidade, fazendo com o que o melhor da música instrumental produzida no Brasil encontre, no Sudeste do Pará, todos os seus públicos. 2v2i11

Reunindo 57 artistas, entre 9 bandas, em um total de 16 horas do melhor do jazz produzido no Brasil, o Marabá Jazz terá uma programação ível a todos, contando com tradução em Libras e fones com audiodescrição. A preocupação, que já é uma marca do festival, possibilitará que todos possam aproveitar a experiência musical ímpar que tomará conta do Centro de Convenções de Marabá nos próximos dias 11, 12 e 13 de agosto.

Audiodescritora do festival desde a sua primeira edição, Laysa Madeiro explica que o serviço possibilita que pessoas com deficiência visual tenham a oportunidade de compreender tudo o que ocorre no palco quando a música toma conta do ambiente.

A audiodescrição é transformar aquilo que se vê em palavras e essas palavras em áudio. A partir do momento que se tem um card de divulgação, tudo o que o audiodescritor vê naquele card transforma em palavras.

E essas palavras são transformadas em um áudio que é ível para que as pessoas com deficiência visual venham a entender e compreender as informações que têm naquele card de divulgação, naquele convite.

“Então, a audiodescrição é isso. Ela transforma imagens em palavras, onde as pessoas com deficiência visual têm a oportunidade de ver e compreender tudo aquilo que nós, que não temos deficiência visual, compreendemos”, reforça Laysa.

Desde que ela e o consultor em audiodescrição Nacélio Madeiro receberam o convite para contribuir com a promoção da ibilidade do festival, a pessoas cegas e com baixa visão, Laysa conta que a alegria foi muito grande por perceber a preocupação do festival em alcançar todos os públicos da boa música produzida no Brasil.

“A gente ficou muito contente pela preocupação do Marabá Jazz, de nos procurar ainda na primeira edição por podermos ajudar e colaborar com o evento, mas também pela preocupação que tiveram com as pessoas com deficiência”, lembra, ao contar que a parceria se repetirá neste ano.

O Marabá Jazz tem uma preocupação não só em relação à deficiência visual, que é especialidade de Nacélio e Layza, mas como um todo, com o o para as pessoas com mobilidade reduzida ou usuárias de cadeira de rodas, com intérprete de Libras para pessoas surdas, a audiodescrição para as pessoas com deficiência visual. Tudo isso é bem importante e bem significativo para a comunidade cega, para comunidade com deficiência visual.

Laysa explica que para que a audiodescrição se torne possível, todo o trabalho é desenvolvido a partir da consultoria do Nacélio Madeiro, que é deficiente visual. É o consultor que orienta sobre possíveis alterações que precisam ser feitas, sobre os termos a serem utilizados para o melhor entendimento de outras pessoas com deficiência visual, entre outros cuidados. 

Nacélio detalha que, até que a audiodescrição chegue aos fones de ouvido disponibilizados às pessoas com deficiência visual, um cuidadoso trabalho é realizado antes mesmo do início da temporada de shows.

Enquanto pessoa cega e consultor em audiodescrição, Nacélio esteve nos bastidores, junto com Laysa e os organizadores do evento antes de começar os shows. Foram conhecer o espaço para que pudessem montar um roteiro de como tudo funcionará, quais locais seriam adequados para que pudessem colocar o público de pessoas com deficiência, como a sonora poderia chegar até essas pessoas cegas e com baixa visão.

Tudo para que essas pessoas não se sentissem incomodadas com a altura do som e definir o local para que a Laysa pudesse ter uma visão ampla do palco, a fim de que pudesse descrever as imagens, descrever como estavam os artistas que estavam se apresentando.

“Isso foi um ponto muito positivo e a gente espera, nesta segunda versão, já que nós fomos convidados mais uma vez, a prestar esse serviço aos nossos colegas deficientes visuais e com baixa visão de Marabá”, destaca Nacélio Madeiro.

Todo esse trabalho tem como objetivo possibilitar que eventos culturais, esportivos ou qualquer outro tipo de evento que seja aberto ao público possa ser verdadeiramente ível para todos.

“Nós ficamos muito gratos de termos sido procurados pela organização do Marabá Jazz para que pudéssemos prestar esse serviço, que é de grande importância para a comunidade de pessoas com deficiência visual e baixa visão. Com isso, eles fazem com que nossos colegas que são cegos ou pessoas com baixa visão tenham o desde aos anúncios da divulgação do evento, até mesmo ao evento em si, participando e compreendendo o que está sendo apresentado no palco”.

Sobre o Marabá Jazz Festival 6i1x6

Dedicado ao que de melhor vem sendo produzido no cenário da música instrumental brasileira, o Marabá Jazz Festival realizou a sua primeira edição em maio de 2022, quando levou ao público de Marabá e de toda a Região de Carajás artistas reconhecidos nacional e internacionalmente, como é o caso da banda carioca Azymuth, que aos 50 anos de carreira se apresentou pela primeira vez na Amazônia no palco do Marabá Jazz.

Entre os próximos dias 11 e 13 de agosto, o festival sediado em Marabá retorna ao palco do Centro de Convenções para celebrar a música brasileira em sua segunda edição, inteiramente gratuita e ível.

O Marabá Jazz Festival é idealizado e realizado pela TheRoque Produções, com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal. O festival também recebe o apoio do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria Regional de Governo do Sul e Sudeste do Pará, e do Hotel Itacaiúnas. 

(Texto: Cintia Magno. Foto: Divulgação)

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